5 PRODUÇÕES AUDIOVISUAIS QUE ABORDAM O RACISMO NA SOCIEDADE
- O Cotidiano
- 4 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Por Maria Estela Assis
Após o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos, acontecem protestos antirracistas que se espalharam mundo afora. O Brasil não foi exceção, passeatas e campanhas online para expressar revolta, contra a desigualdade e a violência racial, têm vez em resposta, especialmente, ao movimento de supremacia racial liderado por Sara Winters, que também ameaça o Supremo Tribunal Federal, e ao assassinato de João Pedro Mattos, 14 anos, dentro de sua casa, durante uma operação policial, e recolocam em evidência a discussão sobre o racismo estrutural presente em nossa sociedade.
Assim, para fomentar o diálogo, cinco indicações de produções audiovisuais que abordam o racismo na sociedade:
1- 12 ANOS DE ESCRAVIDÃO

Disponível na Netflix, o filme, baseado em fatos reais, conta a história de Solomon Northup, um homem nascido livre, morador de Nova York, antes da abolição da escravidão no país, que é sequestrado para ser vendido como escravo no sul e passa mais de uma década em busca de sua liberdade.
O longa-metragem, dirigido por Steve McQueen, não é indicado para menores de 14 anos e contem cenas de violência envolvendo abuso sexual e tortura física.
(Foto Divulgação)
2- O MENINO 23

Documentário brasileiro, lançado em 2016 e dirigido por Belisario Franca, está disponível no YouTube.
Relata como Sydney Aguilar, professor de história, em 1998, conseguiu dar luz a um passado sombrio e não tão distante, utilizando o contexto político e social do Brasil nos anos 20 e 30 para reconstruir laços entre a elite brasileira e as crenças eugenistas da ideologia nazista e expondo a história da remoção de 50 órfãos do Rio de Janeiro para Campina do Monte Alegre, São Paulo, que seriam escravizados por dez anos na Fazenda Santa Albertinha de Osvaldo Rocha Miranda. (Foto Divulgação)
3- HISTÓRIAS CRUZADAS

Filme de 2011, disponível no Youtube e no Google Play, retrata o racismo nos anos 60, em Mississipi, Estados Unidos, acompanhando a rotina desigual de empregas negras e patrões brancos, enquanto Skeeter, interpretada por Emma Stone, escreve um livro para expor essa realidade do ponto de vista das oprimidas.
(Foto Divulgação)
4- INFILTRADO NA KLAN

Baseado em fatos reais, a narrativa traz a história de Ron Stallworth, primeiro detetive negro da cidade de Colorado Springs, que se infiltra, em 1978, na Klu Klux Klan, uma organização responsável por vários crimes contra negros, judeus, imigrantes e homossexuais.
O filme, lançado no Brasil em 2018, não é indicado a menores de 14 anos e está disponível no YouTube.
(Foto Divulgação)
5- ESCRITORES DA LIBERDADE

Disponível na Netflix, o longa-metragem lançado em 2007, baseado em fatos reais, conta a história da professora Erin Gruwell, uma mulher idealista e perseverante, e sua turma, composta por alunos de diferentes ascendências, os quais precisam lidar com a desigualdade racial, violência de gangues e pobreza dentro e fora de classe, enquanto tentam se formar na escola.
A produção aborda preconceito, perseverança e superação na trajetória dos adolescentes e não é indicado para menores de doze anos.
(Foto Divulgação)
Vale ressaltar que, no Brasil, racismo é, de acordo com a Lei nº 7.716/1989, considerado um crime contra a coletividade, inafiançável e imprescritível, passível de pena de uma a três anos de prisão, além de multa e injúria racial, conforme o Código Penal – artigo 140, terceiro parágrafo, é uma ofensa direta a uma ou mais pessoas ligada a “elementos referentes à raça, cor, etnia, religião e origem”, também é inafiançável e a pena pode variar de um a três anos, com multa.
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