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CINEMAS DRIVE-IN MULTIPLICAM-SE EM PANDEMIA

  • Foto do escritor: O Cotidiano
    O Cotidiano
  • 22 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Por Tania Cerqueira

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(Foto Divulgação/Leo Martins/Brazucah)


A pandemia obrigou que ambientes com pouca circulação de ar fossem fechados temporariamente, devido a alta contaminação do vírus. As salas de cinema não foram exceção, mas uma forma não tão inovadora, porém, eficiente, ressurgiu: O Cinema Drive-In. Esse formato de exibição, tem por diferencial sessões ao ar livre, onde as pessoas assistem aos filmes no conforto dos seus carros e com o céu à sua volta.


O Drive-In como conhecemos, surgiu no dia 6 de junho de 1933 quando Richard Hollingshead abriu o primeiro cinema que permitia carros, em Camden, Nova Jérsei. Os clientes pagavam 25 centavos por automóvel. A primeira exibição foi da comédia britânica Wives Beware.


Era alternativa com mais liberdade, pois os pais podiam levar suas crianças e também era permitido fumar. Além de ter se expandido para áreas rurais, alcançando um público maior. Os carros que ficavam em fileiras mais afastadas da tela recebiam o áudio da atração com atraso. Altos falantes foram instalados no local, mas isso só foi resolvido mesmo quando os sons internos dos carros surgiram na década de 40. No Brasil surgiu somente nos anos 60.


Contudo, o cinema drive-in tinha uma grande desvantagem comparado aos cinemas tradicionais. Só podia operar à noite e exibindo no máximo 2 filmes. Isso dificultava muito o lucro. Depois com a chegada do VHS, as pessoas preferiam ficam em suas casas. Foi ficando mais difícil manter um drive-in e eles foram fechando com o passar do tempo.


Mas esse modelo de exibição cinematográfica não sumiu por completo.


O Cine Drive-In, inaugurado em agosto de 1973 em Brasília, foi sucesso garantido entre as décadas de 70 e 80. Com o passar do tempo, perdeu espaço e recebeu ameaças de empresários correndo o risco de ser extinto, porém, passou a ser considerado patrimônio cultural em 2017. Considerado o melhor equipado, possui 15 mil metros, é capaz de acomodar 400 veículos e transmite os filmes através de um moderno projetor Digital Barco em uma tela de 312 metros quadrados. Para ouvir o áudio do filme, os clientes necessitam sintonizar o som interno do carro em um transmissor FM. Para os que não possuem som interno, devem acender o farol e solicitar orientação do atendente.


Com a necessidade de entretenimento, a ideia se espalhou:

O Cine Autorama, de São Paulo, é realizado em grandes áreas para acomodar até 300 carros estacionados. O local é ambientado com stands de informação, totens infláveis e tela inflável gigante de 14 metros, sempre com a identidade visual do projeto e com a marca do patrocinador. O áudio dos filmes também chega diretamente aos rádios dos carros através de transmissão FM.


A Fundação Cidade das Artes, do Rio de Janeiro, pretende abrir um drive-in ainda neste mês de maio, com sessões entre terça e domingo. A intenção é exibir um filme por dia e passar para dois filmes nos finais de semana, dependendo do feedback do público.

Em Fortaleza no mês de julho, o Dream Park, projeto nacional da Dream Factory, empresa que promove grandes eventos no país, promete não somente cinema, mas shows e palestras também. Projetado para acontecer em estacionamentos de shoppings, com o distanciamento recomendado entre os carros e uma grande tela de cinema, irá reunir as pessoas.


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