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MUSEU GHIBLI DISPONIBILIZA TOUR VIRTUAL

  • Foto do escritor: O Cotidiano
    O Cotidiano
  • 14 de mai. de 2020
  • 3 min de leitura

Por Tania Cerqueira


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(Foto Divulgação)


No começo desse mês de maio, o Museu Ghibli (Mitaka no Mori Jiburi Bijutsukan), localizado na cidade de Mitaka, a oeste de Tóquio, no Parque Inokashira dedicado às produções de um dos estúdios de animação e arte mais famosos do Japão, o Studio Ghibli, fundado pelo artista japonês Miyazaki Hayao, disponibilizou uma tour virtual através de seu canal oficial no Youtube devido à suspensão de atividades no local, consequência da pandemia.


Por conta da quarentena, o museu fechou temporariamente em fevereiro e tinha previsão para reabrir em abril, mas, por recomendação das autoridades locais e do governo japonês, esse prazo foi estendido para junho. No canal, é postado apenas um vídeo por semana e, no momento, possui 5 vídeos. Não é permitido filmar ou fotografar o interior do local, os ingressos são muito concorridos, precisam ser comprados com antecedência e estão disponíveis no site oficial do museu, http://www.ghibli-museum.jp/en/, o que torna essa visita virtual um momento raro.

Giovanna Barros, 18, professora particular na Escola de Idiomas Blackman em Taboão da Serra, São Paulo, contestou: “Eu achei o lugar uma gracinha, muito lindo e ótima essa estratégia deles de lançar esse vídeo porque me deu ainda mais vontade de visitar um dia. Foi fácil de acessar. Não foi tão legal quanto eu esperava porque o que eu vi foi mais um restaurante temático do que um museu, mas ainda é bem legal. Nunca fui no original, infelizmente.” E diferenciou: “A oportunidade de ver o vídeo até que muda um pouco porque eu posso revisitar o vídeo toda vez que me der vontade de ir para lá, então ajuda-me a ficar menos deprimida.”


O nome Ghibli vem da palavra árabe “sirocco”, vento quente que sopra através do Deserto do Saara até o Mediterrâneo, carregando areia por todo o trajeto. O objetivo do estúdio com o nome, apresentando histórias novas e criativas, é dar a sensação de um novo vento através da indústria dos animes.

Alguns dos filmes do Studio Ghibli são baseados em livros homônimos, por exemplo, “O Serviço de Entregas da Kiki” livro por Eiko Kadono, “O Castelo Animado” da autora Diana Wynne Jones, ambos os filmes dirigidos por Hayao Miyazaki e “Túmulo dos Vagalumes”, considerado pelo público e pela crítica um dos filmes mais tristes dentre as produções audiovisuais do estúdio, escrito por Akiyuki Nosaka e o longa dirigido por Isao Takahata. Os dois diretores são as duas grandes mentes do estúdio.

Atualmente, alguns de seus longas, como “O Castelo no Céu” de 1986, primeiro filme que recebeu oficialmente o selo Ghibli e completou 30 anos em agosto de 2016, estão disponíveis para consumo na Netflix. A construção de um parque temático está sendo planejada e a inauguração prevista para 2022.


“Como turismóloga em formação, sei a importância de saber ser flexível mediante qualquer situação e saber lidar com imprevistos, diante a pandemia que estamos enfrentando, optar pela criação de uma tour virtual foi uma grande ‘sacada’ da empresa, tanto para manter os interesses pessoais quanto para atrair a curiosidades de novos fãs.” disse, Gabriella de Almeida, 21, estudante da Universidade Federal do Pará (UFPA). “O acesso é fácil, mas não vi tanta repercussão nas mídias. É incrível poder acessar um pedacinho desse mundo mesmo estando tão longe, além de poder compartilhar com os amigos e tornar essa experiência muito mais interessante.” afirmou que é fã desde 2013, quando assistiu “A viagem de Chihiro.”


“É muito difícil escolher só um, mas se fosse para classificar qual me marcou mais, certamente seria “O conto da princesa Kaguya”, por tratar de temas como amizade e opressão do patriarcado”, Gabriella ainda comentou sobre o nome “Mesmo antes de saber o significado, eu já sentia algo incrível assistindo os filmes, acredito que eles tenham levado a sério e definitivamente conseguiram transmitir o seu significado pros telespectadores ao passar lições tão profundas através de seus filmes.”


“Eu acho importante porque permite uma democratização de acesso à cultura, principalmente a quem mora em outros países e provavelmente nunca teria acesso ao museu.” analisou a estudante de Fortaleza, C.P. e acrescentou: “É sabido que o universo dos filmes Ghibli utiliza muitas referências da cultura japonesa, especialmente no que concerne à história e a espiritualidade. Ter isso em mente enriquece muito a experiência de conhecer esse universo, para além das questões estéticas que o tornam tão mágico e acalentador.”


Nesse link é possível acessar os vídeos do museu:




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