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REDE CUCA OFERTA CURSOS ONLINE

  • Foto do escritor: O Cotidiano
    O Cotidiano
  • 28 de mai. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 1 de jun. de 2020

Por Tania Cerqueira

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(Foto Reprodução)


A Rede Cuca (Centros Urbanos de Cultura, Arte, Ciência e Esporte), mantida pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas de Juventude, adaptou seus cursos para o ambiente virtual durante a quarentena. Atualmente possui três sedes, no Jangurussu, no Mondubim e na Barra do Ceará, visando dar mais condições prioritariamente para jovens de 15 à 29 anos, moradores das periferias do município.


O terceiro período de inscrições começam nesta primeira semana de junho. As inscrições que aconteciam na primeira terça de cada mês de forma presencial, foram divididas em três dias de acordo com a área para evitar sobrecarregar a plataforma. Dia 2 (terça-feira) abrem as inscrições para cursos da área de Formação e Tecnologia, no dia 3 (quarta-feira) disponibilizarão na área de Artes e Comunicação e no dia 4, sendo este o último, na área de Empregabilidade.


Para se inscrever, é preciso criar um login e senha no Portal da Juventude, ter um endereço de e-mail válido, contato do Whatsapp, possuir computador ou celular e conexão wi-fi. Alguns requerem a idade mínima de 15 anos, mas a restrição de idade máxima foi anulada. A carga horária varia de acordo com o curso e todos emitem certificado.


Gleison Oliveira, formado em Cinema e Audiovisual na Universidade de Fortaleza (Unifor), começou a lecionar em 2014 na Rede Cuca e foi o primeiro professor de informática no Mondubim até 2016 quando se desligou para terminar a graduação. Retornou em 2018, atua como professor de Tecnologia e contou que o contato presencial era muito construtivo, pois “você convive e tem experiências com alunos de diversas classes sociais, então, o maior impacto dessa mudança foi a perda desse contato, do aperto de mão, de abrir a porta do laboratório e os alunos adentrarem a sala.”


Comentou que “com as aulas remotas a gente percebeu que os alunos tinham outro problema, a conexão com a internet, a falta dos dispositivos, então boa parte não conseguiria ter esse conteúdo” e disse que se sentiu aliviado por descobrir que alguns alunos conseguiam usar os celulares de outras pessoas dando aquele ar de colaboração. “A gente precisa trazer a realidade da comunidade e mostrar que existem outras possibilidades. A minha experiência com a Rede Cuca é muito positiva porque eu comecei a ver o direito dos jovens, o direito de quem mora nas comunidades. Destaco a minha experiência como aprendizado.”


Sobre as dificuldades em passar conteúdo, falou que descobrir métodos para que as informações sejam passadas de forma interativa era a maior delas e reforçou a questão da falta de acesso à internet e equipamentos. Revelou ainda que “tinha conhecimento de muitas ferramentas do Google para deixar essas aulas mais atrativas” e que elas deixam as coisas mais simultâneas.


A lista oficial dos cursos será publicada no Instagram @juventudefortaleza, mas ele antecipou:


“Vou ministrar um curso sobre produção de podcast com o celular, a ideia é ensinar algumas técnicas que possam ser utilizados na comunicação, no jornalismo, como planejar o assunto, quais as ideias que eu tenho que passar. Para além do conteúdo, temos a facilidade de utilizar os aplicativos gratuitos e publicar nas principais plataformas digitais de forma gratuita também. O outro curso será informática para home office, ideal para as pessoas que estão trabalhando em casa com dificuldade para sistematizar os e-mails, compartilhar documentos de texto e aprender algumas técnicas de edição de texto. Também vou ensinar apresentação com slides e as plataformas que estão sendo utilizadas e facilitam a nossa vida.”


Ana Carolina, 24, formada em Zootecnia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), foi aluna de design gráfico do zero ministrado pelo Gleison no mês de abril e fotografia para gastronomia com Thiago Braga em maio, comentou suas impressões:


“Gostei muito de ambas as experiências. Acredito que a maior dificuldade seja a concentração durante a aula que requer uma maior dedicação pelo aluno do que o presencial. E trabalhos em equipe, pois nem todos têm a mesma disponibilidade de horário. Gostaria de parabenizar o Cuca por esse trabalho que deve continuar, pois abrange a população que não tem acesso ao equipamento e não possuem a idade para cursar presencialmente. Tem salvado a rotina de muitas pessoas nesse momento de pandemia.”


“A monitoria presencial é muito melhor”, comentou, Thamires Oliveira, 21, atriz e monitora do curso de teatro, “é mais acessível, porque nem todo mundo que mora na periferia tem acesso a internet e a celular então fica muito mais difícil. Acho que o Cuca está se saindo bem com as atividades virtuais, não é tão fácil pra periferia, mas estão disponibilizando muitas atividades e fazendo o que pode para a juventude de Fortaleza.”



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