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O AUMENTO DE ANTIDEPRESSIVOS E ANSIOLÍTICOS EM MEIO A PANDEMIA

  • Foto do escritor: O Cotidiano
    O Cotidiano
  • 14 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura

Por Rebecca Barbosa

(Foto Divulgação)


A pandemia gerou uma maior ocorrência de doenças psicológicas como depressão e ansiedade, e com isso, ocorreu um aumento crescente, desde de fevereiro, do consumo de medicamentos antidepressivos e calmantes, os conhecidos “tarja preta” no Brasil. O isolamento social e toda a preocupação com as milhares de mortes no mundo todo acabou trazendo maiores problemas para o psicológico das pessoas. Os Estados Unidos, país que lidera o número de casos confirmados de coronavírus, apresentou um aumento de 21% no consumo desses medicamentos, além do aumento em 32% da prescrição de antidepressivos e calmantes por psiquiatras de fevereiro à março.

No Brasil, o estudante de Engenharia Thiago Prudêncio também notou um maior estresse emocional nesse período, ele conta que aumentou o consumo de ansiolíticos devido a uma maior ocorrência de crises de ansiedade que sente em meio à pandemia: “Estamos vivenciando dias de muita angústia, baseados em incertezas, em poucas percepções sobre o futuro”.

Thiago também afirmou que a busca por ajuda é indispensável nesse momento, o estudante diz que sempre que pode é acompanhado por um psicólogo e que isso continuou de forma online na quarentena. O estudante também enfatiza que através de políticas públicas como disk 188, ele considera que tem o auxílio necessário do estado para tratar de tais doenças.

A psicóloga Crislane Queiroz afirmou, em uma entrevista via on-line, que diversos fatores podem impactar de forma negativa a população diante à sua saúde mental neste período de pandemia, como o medo do desconhecido, mudança brusca na rotina e até o excesso de informações. Ela também conta que, apesar de não ser especialista da área de psiquiatria, considera que o momento contribui para o aumento de sintomas depressivos e ansiosos, fazendo com que as pessoas procurem por medicamentos que tratem dos episódios.

A psicóloga contou também dos riscos de tomar esses medicamentos sem as orientações adequadas, afirma que os remédios considerados “tarja preta” podem causar dependência química aos pacientes. E para evitar a automedicação, se uma consulta psiquiatra não for viável, é importante que o indivíduo note a causa dos sintomas e tente evitar a ocorrência deles. Crislane também afirmou que estabelecer uma rotina e evitar o excesso de informações são fatores que evitam a depressão e a ansiedade no período de isolamento social.

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